Amendoeiras. foto Clodoaldo Ribeiro
Ficus Benjamina
Ficus Benjamina
A Superintendência de Meio Ambiente, órgão da Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável (Seplandes), está estudando uma forma de proibir o plantio de árvores exóticas em Ilhéus. Não entanto, antes mesmo de ter aprovada uma lei com este objetivo, o órgão já passou a não recomendar o plantio destas espécies nas ruas e em áreas particulares. A justificativa é de que elas são extremamente nocivas, encarecem substancialmente o custo de manutenção com a limpeza da cidade, causam desequilíbrio ao ecossistema urbano, destroem passeios e tubulações e atraem diversas espécies de parasitas.
A superintendência já trabalha na elaboração de uma lista, contendo a sugestão de espécies nativas que apresentem características de folhas perenes, que não caiam a todo tempo. Por enquanto, antes de plantar qualquer espécie, o cidadão deve procurar orientação do órgão, que fica localizado na Praça Antônio Viana, bairro Cidade Nova, no centro, próximo ao Fórum Epaminondas Berbert de Castro. A secretaria também vai proibir o plantio e a comercialização de mudas dessas espécies exóticas. “Vamos vistoriar os viveiros e aconselhar os viveiristas”, disse o superintendente de Meio Ambiente.
Dentre as espécies não recomendadas pela Seplandes está a tradicional amendoeira, com grande incidência nas ruas e praças de Ilhéus, e a Ficus Benjamina. “São espécies com raízes radiculares que, comumente quebram passeios e rompem tubulações de água e esgoto”, explica o superintendente Emílio Gusmão. A Ficus Benjamina também atrai um tipo de parasita de corpo estreito, os tisanópteros (Thysanoptera) uma ordem de insetos chamados genericamente de tripes ou tripses. Eles provocam o enrolamento das folhas, condição que que provoca irritação nos olhos das pessoas. “É um problema de saúde pública, uma árvore susceptível à doenças”, informa Emílio.
Emílio Gusmão também ressalta que de tempos em tempos surgem as chamadas “plantas da moda” e que, no momento, uma das mais procuradas é o Nim. “A legislação ambiental permite que sejamos mais restritivos, ou seja, nos dá amparo legal para adotarmos políticas de conservação mais rígidas”, afirmou Emílio.
O superintendente de Meio Ambiente esclarece que são consideradas plantas exóticas, todas aquelas que não são naturais do ambiente e não compõem a flora da Mata Atlântica. Todas elas tem uma característica: Se reproduzem rapidamente, são de difícil manejo e não adaptadas à áreas urbanas. Na lista das espécies não recomendadas pela Seplandes já estão: Nim, Acácia, todas as espécies de Eucalyptus, Cinamomo, Algaroba, Fícus e Leucena.
SECOM
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