segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Secretaria de Saúde acompanha investigação sobre caso de mormo em Ilhéus



A Secretaria de Saúde de Ilhéus está monitorando os pacientes investigados, que se apresentam assintomáticos até o momento, após o registro de um caso de mormo em uma mula na zona rural do município, feito por técnicos da Adab – Agência de Defesa Agropecuária da Bahia, em maio último. Esta semana, equipes do Núcleo Regional de Saúde Sul (NRSSUL), Centro de Controle de Zoonoses de Ilhéus (CCZ) e do Núcleo de Saúde do Trabalhador de Ilhéus (NUSAT), realizaram visita técnica à fazenda onde ocorreu a inspeção sanitária.

O caso ganhou repercussão nacional porque há, pelo menos, cinco anos não havia notícia sobre caso dessa doença no Estado da Bahia. O último foi detectado em Feira de Santana. O animal que apresentou sintomas da doença em Ilhéus morreu e foi incinerado. Conforme relato do veterinário da fazenda onde foi encontrado, Muniz Júnior, o animal possuía mais de 22 anos na propriedade.

De acordo com o chefe de Setor da Vigilância á Saúde de Ilhéus, Gleidson Santana Souza, por se tratar de uma zoonose que não era registrada na Bahia, há cinco anos, a Secretaria de Saúde “realizou de forma minuciosa todo processo de investigação epidemiológica e foram coletadas amostras sorológicas de todos os funcionários que supostamente tiveram algum contato com o animal infectado e enviadas ao Laboratório Central de Vitória da Conquista (LACEN) para diagnóstico clínico Laboratorial”, acrescentou.

Como o processo investigativo, através de exames laboratoriais, os técnicos aguardam o resultado dos exames humanos para o estudo de novas ações que deverão, necessariamente, ser desencadeado em conjunto com o NRSSUL, ADAB, CCZ além do NUSAT. Esse resultado deve ser concluído na próxima semana.

Medidas - Após a visita de investigação realizada esta semana, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Ilhéus recomendou a adoção de medidas profiláticas, como: isolar o pasto onde se encontrava o animal suspeito como portador de Mormo, bem como submeter à quarentena a égua parida que nele se encontrava; realizar exame e dois re-exames, com intervalos de 60 dias entre eles, dos animais da propriedade; manter observação sobre os sintomas nos animais, que são febre, apatia, emagrecimento, corrimento nasal, lesões na pele com manifestação inicial em formato nodular e evolução para úlceras; proibição de transito animal, o que segundo os trabalhadores não é possível, tendo em vista existência de pastos e passagens abertas para várias localidades; e orientação para que qualquer sintoma suspeito em humanos ou animais, sejam imediatamente relatados ao NUSAT, CCZ, NRSSUL e ADAB, para imediata intervenção.

O mormo ou lamparão é uma doença bacteriana que pode ser transmitida de um animal doente para um animal sadio através das secreções das descargas nasais que contaminam o alimento e a aguada. A infecção nas pessoas é rara. Em caso de infecção por mormo, os sintomas em humanos são febre alta, tremores, suor excessivo, sensibilidade a luz, dor no peito, rigidez muscular, sangramento no nariz e perda de peso progressiva.
  
Secretaria de Comunicação Social – Secom

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