quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Ilhéus adere ao Fórum Estadual Permanente de Combate a Intolerância Racial




 Fórum Estadual de promoção da igualdade Racial da Bahia. foto Clodoaldo Ribeiro

Um momento histórico que celebra a quebra de paradigmas e que combate a intolerância racial e os preconceitos de todas as formas. Assim definiu a noite de ontem (12) o vice-prefeito de Ilhéus, José Nazal Pacheco Soub, ao participar do ato de adesão do município de Ilhéus ao Fórum Estadual Permanente de Combate a Intolerância Racial.

O evento reuniu à noite, no Teatro Municipal de Ilhéus, comunidades tradicionais, indígenas, quilombolas, povo de terreiro e de capoeira, e contou, também, com a presença da secretária estadual de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Fabya Reis.

“Ilhéus sempre foi uma cidade rica em cultura, com todos estes elementos que fazem parte da história e formam o sangue do nosso povo”, destacou Nazal, que representou o prefeito Mário Alexandre no ato de assinatura da adesão. O prefeito estava em Salvador, em audiência com o governador Rui Costa.

Papel decisivo - Mestre em sociologia e doutora em Ciências Sociais, a secretária Fabya Reis destacou o papel decisivo do prefeito ao aderir ao Fórum Estadual. “A sensibilidade do prefeito Mário Alexandre possibilita o fortalecimento das políticas de promoção e desenvolvimento dos povos tradicionais e da população de negros e negras de Ilhéus”, assegurou.

Segundo Fábya, Ilhéus tem um papel estratégico para o governo do estado e a missão de integrar as ações de infraestrutura com direitos humanos para os segmentos tradicionais. “Isso nos permite priorizar recursos assegurados pelo Estatuto de Promoção da igualdade Racial, lei estadual que faz a previsão dos direitos e das áreas prioritárias para atuação”, afirmou.

Muito esperado - Para o cacique Ramon Tupinambá, trata-se de um momento esperando por muito tempo. “Precisamos de mais visibilidade, de ampliar os horizontes culturais de Ilhéus para além de Jorge Amado e do cacau”, defendeu. A filha-de-santo Jeane Damasceno, do Terreiro de Angola, no bairro Teotônio Vilela, lembrou que historicamente os povos vinham atuando de forma segmentada. “Os grupos afros debatiam entre mesmos, os problemas unicamente deles. A capoeira, idem”, exemplificou. “Agora estamos juntos neste processo. Não é somente a dor do terreiro que passo a conhecer e a combater. É a dor de todos nós, é a busca por igualdade e pelos mesmos direitos”, acentuou.

O vereador Makrisi Angeli lembrou que esta ação histórica de ontem só foi possível a partir do diálogo estabelecido entre os setores beneficiados e o prefeito Mário Alexandre, durante o encontro municipal pela Igualdade Racial, ocorrido recentemente em Ilhéus.

Luta mais forte - “A intenção deste movimento é de fortalecer a luta, promovendo a unicidade, podendo discutir junto o racismo institucional, as cotas”, destacou. “Trata-se da construção dos alicerces de um debate amplo, senão cria exclusão e divisões dentro de um setor que precisa unir forças para o enfrentamento de sobrevivência, garantias de direito e de espaço na sociedade”.

Com a adesão Ilhéus passará a ter duas representações com direito a voz e voto no Fórum Estadual Permanente de Combate a Intolerância Racial. Por decisão do prefeito Mário Alexandre, uma das representações será da Prefeitura. A outra deverá ser democraticamente escolhida pelo setor e por suas lideranças.


Secretaria de Comunicação Social – Secom

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