“Lidera sim. Lidera o governo, lidera os seus subordinados, lidera as ações da cidade. Liderou até as pesquisas quando derrotou ele e o grupo que ele representa”. A resposta é do secretário municipal de Governo, Alisson Mendonça, ao ser questionado pelo radialista Vila Nova, da Ilhéus FM, sobre as críticas feitas pelo empresário Carlos Machado, o Cacá Colchões, de que o prefeito Mário Alexandre “é o último a saber das coisas e” e “não comanda a sua gestão”.
A entrevista concedida por Cacá a uma emissora de rádio de Itabuna foi rebatida – e ironizada - hoje por Alisson, quando provocado sobre o tema, na Ilhéus FM. O secretário de Governo disse que Cacá era vice-prefeito de Ilhéus e foi derrotado na sucessão do seu líder, Jabes Ribeiro, em 2016. “Portanto, convenhamos, ele representa aquilo que a população reprovou nas urnas”, afirmou.
“Dizer que o este governo é composto por ”ilhas”, é totalmente equivocado. Na atual gestão, os secretários têm autonomia para trabalhar as suas pastas. Não existe uma iminência parda, ou seja, alguém ligado ao prefeito que ocupe uma pasta, mas que mande em todas as secretarias. Posso afirmar que não existe essa figura em torno da pessoa de Mário”, disse. Alisson considerou a leitura política de Cacá “incorreta e infeliz”. E, ainda, faltando com a verdade, já que o candidato derrotado disse que a gestão passada deixou a cidade preparada para avançar administrativamente.
“Infelizmente, Cacá não conseguiu promover avanços nem no setor que ele representa, o comércio, apesar de também ter dirigido a secretaria de Indústria e Comércio”, criticou Alisson.
O secretário destacou que Mário Alexandre tem tocado a política de forma macro, indo à Brasília destravar convênios; fazer prestação de contas que a gestão passada não fez; renegociando débitos deixados da gestão passada. “Cacá perdeu uma boa oportunidade de ficar calado, porém, acho que inclusive tem espaço para o Cacá nos ajudar, não participando do governo, mas nos ensinando com os erros que testemunhou no governo passado”.
Ele (Cacá) chegou ao final do mandato sem ter o que mostrar. Está sendo leviano ao fazer acusação deste porte. Vencemos o cinismo!”, sentenciou, lembrando que quem hoje tem solução para tudo acusou o atual governo de ser culpado por débitos que ele não fez. “Herdamos uma cidade que só de INSS, temos uma dívida de 17 milhões de reais deixados por eles. Parcelamos e pagamos R$ 1,2 milhão por mês. O prefeito Mário está tentando alongar o perfil dessa dívida e do valor mensal. Eles poderiam explicar o débito de 11 milhões de reais com a Embasa. Um débito de 1,6 milhão com a Coelba. Um débito de 76 milhões de Fundo de garantia por recolher a menor o FGTS de meados de 2014 à 2016”, acusou.
“Tivemos que fazer uma confissão de dívida. Não conseguiram deixar o nome limpo no município por não equacionarem esses débitos. Não se pode colocar nos ombros de Mário toda essa desorganização fiscal do município. Não imaginamos que os precatórios do município chegassem a 152 milhões de reais. Surpreendeu não sou a nós, mas até ao presidente do Tribunal de Contas do Estado, ao ver inúmeras contas maquiadas”, finalizou Alisson.
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