terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

O que existe na Previdência é roubo e não rombo, afirma deputado Hilton Coelho (PSOL)


O deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) posiciona-se contra o que qualifica como “deforma, contrarreforma da Previdência que o governo de Jair Bolsonaro quer promover. De 21 a 23 deste mês, Maria Lúcia Fatorelli estará em Salvador e poderemos debater a questão da Previdência e a dívida pública de forma aprofundada para impedir que a população seja iludida pelo governo federal. Além de atacar direitos conquistados, Bolsonaro avança ainda mais para incluir o modelo de capitalização que representa graves riscos para a classe trabalhadora e acaba de vez com o compromisso geracional que sustenta a Previdência Social solidária e sustentável de que trata a Constituição de 1988”.

O parlamentar lembra que “a Previdência Social solidária é sustentada na garantia de emprego digno para as pessoas economicamente ativas, cujas contribuições garantirão o pagamento daqueles que já cumpriram o seu período laboral e se aposentaram. Em lugar de sacrificar os trabalhadores, na prática atacando de morte o direito à aposentadoria, o governo federal e os estaduais deveriam melhorar suas finanças combatendo à sonegação; cobrar as dívidas bilionárias de ricos devedores da Seguridade Social; dar fim às benesses tributárias representadas por desonerações injustificáveis, isenções e anistias; acabar com a DRU (Desvinculação das Receitas da União) que morde até 30% dos recursos da Seguridade Social para pagar juros da chamada dívida pública, entre outras medidas”.

Para Hilton Coelho, “o que está por trás dessa contrarreforma da Previdência é o interesse do insaciável mercado financeiro, que não se contenta em receber os juros mais elevados do planeta acumulando lucros cada vez mais elevados, superando cada vez mais os lucros obtidos pelo setor em qualquer outro local do mundo. O mercado financeiro quer porque quer avançar ainda mais e se apoderar da Previdência. Porém, só oferecem planos privados ou modelo de capitalização, invariavelmente organizados sob a modalidade de contribuição definida, de tal forma que as pessoas sabem quanto terão que pagar, mas não têm a menor ideia se irão receber ou não algum benefício futuro e qual seria esse benefício”.

“Nos debates e ações que realizaremos para discutir a Previdência Social, queremos mostrar que não existe rombo na Previdência. Existe é ROUBO da Previdência, com desvios dos recursos do setor pelo governo para pagar a Dívida Pública a banqueiros e especulares; sonegação das empresas que já soma mais de R$ 450 bilhões; isenções bilionárias que o governo dá para empresários e privilégios para políticos e militares, que trabalham pouco e se aposentam cedo. A presença de Maria Lúcia Fatorelli contribuirá em muito para que se combata mais e melhor este ataque aos direitos das trabalhadoras e trabalhadores”, conclui Hilton Coelho.

Maria Lúcia Fatorelli é auditora fiscal da Receita Federal do Brasil aposentada, ex-presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal, coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida desde a fundação do movimento no ano 2001, com diversos livros publicados no país e exterior. Atuou como membro da Comissão de Auditoria Integral da Dívida Pública do Equador; assessora técnica da CPI da Dívida Pública na Câmara dos Deputados do Brasil e do Comitê da Verdade sobre a Dívida Pública instituído pelo Parlamento Grego para realizar auditoria da dívida pública da Grécia.

**Ascom – 18 de fevereiro de 2019.
Carlos Alberto Carlão de Oliveira - Fenaj-MTE (BA) 1317
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