© Foto: Marcos
Correa/Presidência da República
O presidente Michel
Temer decidiu nomear o atual ministro da Defesa, Raul Jungmann, para a nova
pasta de Segurança Pública, e o anúncio será feito nesta segunda-feira,
confirmaram à Reuters fontes palacianas.
A decisão foi tomada
na noite de domingo, em reunião no Palácio do Jaburu. Apesar das dificuldades
de encontrar um nome para substituir Jungmann na Defesa, o que chegou a adiar a
decisão de Temer, a avaliação no governo é que o ministro tem feito um bom
trabalho na questão da segurança pública, especialmente na relação com os
governadores.
Por enquanto,
Jungmann será substituído na Defesa pelo general Joaquim Silva e Luna, atual
secretário-geral da pasta.
Temer chegou a
procurar outros nomes para o novo ministério. Foi cogitado, por exemplo, o
ex-secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro José Mariano Beltrame, que
fez chegar ao governo que não teria interesse.
O presidente ainda
ouviu indicações, como as feitas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)
Alexandre Moraes, que sugeriu o atual secretário de São Paulo, Mágino Alves, ou
o chefe da Polícia Civil do Estado, Youssef Abou Chahin. Temer chegou a ir a
São Paulo conversar com os dois. No entanto, faltava a ambos, na avaliação de
uma fonte governista, a característica de ser um nome nacional reconhecido na
área.
Jungmann planejava
deixar a Defesa em abril deste ano para concorrer a reeleição para deputado
federal. No entanto, na última quinta-feira, o ministro admitiu que estaria
vivendo “um dilema” e não estava mais seguro sobre se sairia ou permaneceria no
governo até o final.
Seu partido, o PPS,
deixou oficialmente a base governista, mas Jungmann continuou no cargo como uma
“escolha pessoal” de Temer.
MEDIDA PROVISÓRIA
A criação do novo
ministério será feita por medida provisória. Apesar das reclamações do
presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), que pedia o envio de um
projeto de lei com urgência, o Planalto avalia que a questão obedece os
quesitos de “urgência e relevância” exigidos para a criação de MPs.
A pasta incluirá o
comando de todas as forças federais envolvidas nas questões de segurança,
incluindo a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e o comando da Força
Nacional de Segurança. Além disso, Temer disse em entrevista à Rádio
Bandeirantes na semana passada que a pasta ficará encarregada de estudar a
criação de uma Guarda Nacional.
A criação do
Ministério da Segurança Pública chegou a ser cogitado ainda em 2016. À época,
pensou-se ainda em criar uma secretaria especial ligada à Presidência. No
entanto, Temer desistiu ao ser convencido de que levaria um problema dos
governos estaduais para dentro do Palácio do Planalto.
Agora, no entanto, a
avaliação do governo é que o problema da segurança se tornou nacional e está
entre as principais preocupações da população. Assumir o comando do tema, como
com a intervenção federal no Rio de Janeiro, pode trazer dividendos ao governo,
na avaliação do Planalto.
Temer admitiu que
pretendia anunciar a intervenção e o ministério juntos, mas a demora em
encontrar um nome acabou adiando a apresentação da nova pasta.
De acordo com o
Palácio do Planalto, o anúncio deve ser feito ainda nesta segunda-feira,
possivelmente através do porta-voz da Presidência, Alexandre Parola.
Fonte: https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/jungmann-ser%C3%A1-novo-ministro-da-seguran%C3%A7a-p%C3%BAblica-general-assumir%C3%A1-defesa/ar-BBJBdMc?li=AAggXC1&ocid=mailsignout
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